OURO vs SP500
QUEM SOBE MAIS QUANDO O FED FAZ CORTE NA TAXA DE JUROS
A correlação entre cortes de juros pelo Federal Reserve e o desempenho de ativos como ouro e o mercado de ações é uma questão amplamente debatida no mercado financeiro. O ouro costuma se beneficiar em momentos de incerteza, sendo visto como um porto seguro quando a economia enfrenta desafios. Por outro lado, os cortes de juros também impulsionam os mercados acionários, já que incentivam o apetite por ativos de maior risco, como ações, devido à redução no custo do capital e ao estímulo ao crescimento econômico.
Panorama dos últimos 10 anos
Nos últimos 10 anos, os cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos EUA tiveram impactos variados tanto na bolsa de valores quanto no ouro, dependendo do contexto econômico mais amplo. A correlação positiva ou negativa entre os cortes de juros e o desempenho de ambos os ativos é influenciada por fatores como inflação, crescimento econômico e crises externas.
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Impacto do corte de juros no Ouro e na Bolsa de Valores dos EUA
1. Valorização do Ouro:
Histórico e Tendência: O ouro, como um ativo de segurança, tende a se valorizar em períodos de corte de juros, especialmente quando esses cortes estão associados a um ambiente de incerteza econômica ou recessão. Nos últimos 10 anos, eventos como a crise de 2020 (pandemia de COVID-19) e a crise de 2008 mostraram que, quando o Fed corta as taxas para estimular a economia, os investidores muitas vezes recorrem ao ouro como proteção contra a incerteza, inflação e desvalorização do dólar.
Exemplo Recente: Durante 2020, o ouro atingiu recordes históricos devido aos cortes agressivos de juros e às políticas de estímulo, subindo mais de 25% no ano .
2. Bolsa de Valores (S&P 500 e outros índices):
Histórico e Tendência: Os cortes de juros tendem a beneficiar as bolsas de valores de forma positiva no curto a médio prazo, uma vez que eles reduzem o custo de financiamento das empresas, estimulam o consumo e o crédito, e tornam as ações mais atraentes do que investimentos de renda fixa. No entanto, o impacto positivo na bolsa nem sempre é imediato ou garantido, especialmente em tempos de incerteza ou recessão.
Exemplo Recente: Após os cortes de juros em resposta à pandemia de 2020, o mercado acionário dos EUA inicialmente sofreu uma queda acentuada, mas posteriormente registrou uma recuperação robusta, com o S&P 500 e o Nasdaq atingindo máximas históricas em 2021.
Comparação entre Ouro e Bolsa de Valores:
Curto prazo (Imediato): Historicamente, em períodos de incerteza ou crises, o ouro tende a se valorizar mais rapidamente em resposta a cortes de juros, pois os investidores procuram segurança. As ações podem demorar a reagir, especialmente se o corte de juros for feito em um ambiente de recessão iminente.
Médio a longo prazo: No longo prazo, cortes de juros costumam ser mais benéficos para a bolsa de valores, à medida que a economia se estabiliza e os lucros corporativos se beneficiam de condições monetárias mais fáceis. O ouro, que pode subir inicialmente, tende a perder força quando a economia se recupera e o apetite por risco aumenta.
Conclusão:
Nos últimos 10 anos, o ouro tem se mostrado um ativo de refúgio seguro em momentos de corte de juros, especialmente quando há incerteza econômica ou crises.
No entanto, a bolsa de valores tende a ter um desempenho superior no médio e longo prazo, beneficiada pela política de estímulo monetário, que favorece o crescimento das empresas e a valorização dos ativos de risco.
Assim, o impacto do corte de juros pelo Fed depende fortemente do contexto econômico. Em períodos de crise ou incerteza, o ouro tende a se valorizar mais. Mas quando o corte de juros é percebido como um estímulo para a economia, a bolsa de valores tem maior chance de performar positivamente a longo prazo.
Sendo assim, com base nos últimos 10 anos, o desempenho do ouro e do S&P 500 após cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve tem sido consistentemente diferente, com o S&P 500 superando o ouro em termos de valorização total no longo prazo. (veja imagem 1)
De 2013 a 2023, o S&P 500 subiu aproximadamente 164%, enquanto o ouro teve um aumento de cerca de 55% no mesmo período. Esse resultado indica que, apesar de o ouro oferecer uma proteção sólida em tempos de incerteza econômica e inflação, o S&P 500 tende a ter uma performance mais robusta em períodos de cortes de juros, devido ao otimismo do mercado e à recuperação das empresas.
Historicamente após o corte na taxa de juros, o ouro frequentemente sobe refletindo um aumento na demanda por ativos de segurança, por outro lado há também o impacto positivo nos mercados acionários aonde esse movimento geralmente é mais pronunciado, com investidores migrando para ativos de risco como ações, especialmente em momentos em que a economia dá sinais de recuperação.
Essa diferença reflete a natureza de longo prazo das ações, que respondem mais positivamente ao ambiente de juros baixos, favorecendo também a expansão econômica.
Por isso, historicamente, o S&P 500 tende a performar melhor em períodos de corte de juros, tanto em termos de retorno total quanto em oportunidades de crescimento.
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