OIBR e Portugal Telecom fazem acordo

A Oi e a Portugal Telecom chegaram a um acordo para resolver o problema do “empréstimo” de € 897 milhões feito pela operadora portuguesa à Rio Forte, empresa do Grupo Espírito Santo que é um dos principais sócios da Portugal Telecom.
Nesse acordo os portugueses terão sua participação na “NOVA OI” reduzida, por um prazo de até seis anos para 21%. Vale lembrar que anteriormente este percentual era de 38%. 

Também ficou aprovado que o tais € 897 milhões serão convertidos em ações da “NOVA OI” (17% da empresa).

A Portugal Telecom e as subsidiárias da Oi farão uma permuta, na qual o grupo português entregará 474.348.720 ações OIBR3 e 948.697.440 ações OIBR4 à Oi e que ficarão custodiadas na tesouraria da mesma.
A OI entregará os papéis de emissão da Rioforte à Portugal Telecom  SGPS, a 100% do valor de face. A quantidade de ações que será entregue pela PT SGPS à Oi ficará calculada de forma equivalente ao valor de face dos títulos.

A Portugal Telecom tem o prazo de seis anos para exercer as opções de compra, sendo que anualmente haverá uma redução no porcentual de ações sujeitas às opções.

O preço de exercício dessas opções será de R$ 1,8529 por ação PN e R$ 2,0104 por ação ON de emissão da Oi corrigidas pela variação da taxa do CDI e acrescida de 1,5% ao ano.

Segundo informações  essa transferência é para deixar a Portugal Telecom SGPS como único responsável pela negociação com a Rio Forte enquanto a Oi será controladora da Portugal Telecom  Portugal para prestar suporte documental e decisões de títulos junto à PT SGPS . Dessa forma acredita-se que a fusão entre Oi PT SGPS continue sendo implementada.

Particularmente não duvido que o mercado volte com a PN ao preço da oferta que coincide com o valor dessas opções do acordo, ou seja, R$2,00.

Fato Relevante publicado na Bovespa sobre o acordo
http://siteempresas.bovespa.com.br/consbov/ArquivosExibe.asp?site=&protocolo=432657

Ductor Marcus

+20 anos no Mercado Financeiro possui MBA em Finanças com Ênfase em Mercado de Capitais, é Advogado Tributarista, Teólogo e Professor. Pode ser encontrado diariamente no Twitter publicando comentários relevantes sobre o Mercado Financeiro e das Criptomoedas. ---- AVISO --- Todo o conteúdo desse site baseia-se exclusivamente na opinião dos escritores não fazendo qualquer tipo de recomendação de investimento. Não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos e lucros cessantes. --- Legislação --- Este site é mantido em conformidade com a Constituição Federal de 1988 no seu Art. 5°, IX : "É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;"

10 thoughts to “OIBR e Portugal Telecom fazem acordo”

    1. A ser verdade, os moldes da fusão terão que voltar ao início…

      Mail ‘suspeito’ de Salgado implica gestores da Oi e PT

      Numa troca de e-mails a que o Expresso teve acesso, Ricardo Salgado dá a entender que havia várias pessoas com conhecimento dos 900 milhões que a PT emprestou à Rioforte.

      O Expresso teve acesso a e-mails trocados entre Sérgio Andrade, presidente da Andrade Gutierrez (acionista da Oi), e Ricardo Salgado, entretanto afastado da liderança do BES. Nesta conversa por correspondência Ricardo Salgado envolve várias pessoas, que supostamente teriam conhecimento dos 900 milhões de euros que a PT viria a perder na Rioforte, uma das holdings do Grupo Espírito Santo (GES).

      Recorde-se que o ‘vendaval’ provocado pela crise no GES tem feito várias ‘vitimas’. A fusão entre a PT e a Oi chegou a estar em risco – e levou mesmo a novas negociações – depois de se ter sabido que a PT emprestou perto de 900 milhões de euros à Rioforte, uma das empresas entretanto insolventes do GES.

      Segundo o Expresso, a troca de e-mails entre Sérgio Andrade e Ricardo Salgado sugere que Zeinal Bava, da PT, seria um dos que tinha conhecimento da situação. O mesmo jornal deixa no entanto no ar que a data da correspondência levanta suspeitas, podendo ter sido ‘plantado’.

      Entre os e-mails citados pode ler-se o que Ricardo Salgado escreveu ao presidente da Andrade Gutierrez: “Caro Sérgio, estou surpreendido com a situação porque certamente o Sérgio se lembra de que o GES teria uma contrapartida equivalente ao benefício das holdings privadas brasileiras no aumento de capital”, o que sugere que o aumento de capital tinha permitido ‘limpar’ dívidas dos acionistas brasileiros.

      A mesma troca de e-mails sugere ainda que o chamado Steering Comitee teria tido conhecimento do caso numa reunião que decorreu em Lisboa a 14 de abril.

      O Steering Comitee, esclarece o semanário, que cita informações da CMVM, é um comité composto por Zeinal Bava, Amilcar Morais Pires (que chegou a ser proposto como substituto de Salgado na liderança do BES), Henrique Granadeiro (entretanto afastado da PT), José Mauro da Cunha, Nuno Vasconcellos, Otávio de Azevedo e Pedro Jereissati, nomes que, a confiar nas palavras escritas por Salgado, estariam informados sobre a situação.

      http://www.noticiasaominuto.com/economi … da-oi-e-pt

  1. Portugal ajudará o Banco Espírito Santo com dinheiro para resgate financeiro.
    O Banco Espírito Santo, de Portugal, seria dividido entre um banco “bom” e o outro “ruim” como parte de um multimilionário plano de resgate estatal que está sendo preparado pelo governo português e autoridades da União Europeia, disseram neste domingo pessoas familiarizadas com as negociações.

    http://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2014/08/03/portugal-ajudara-o-banco-espirito-santo-com-dinheiro-para-resgate-financeiro.htm

      1. Abriu em queda, mas já sobe. Estava tudo descontado…e porque não uma OPA à PT/OI, estou farto desta novela, em que o centro é a má gestão (e danosa também).

  2. É o acordo possível, mas o essecial fica de pé, ou seja, a fusão irá avançar dentro do prazo previsto. Para já a PT reagiu em forte alta e penso que a OI irá seguir o mesmo caminho…

    1. A OIBR agora ficou altamente especulativa, enquanto essa novela não acabar vai ficar nessa montanha russa ainda pior do que antes.

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