Na noite de hoje (19) o Copom decidiu reduzir a taxa Selic em 0,25% passando a ser de 14% ao ano. Vale destacar que esse corte é o primeiro em mais de quatro anos.
Fatores que acredito terem favorecido na decisão de corte na taxa de juros:
– Estabilização da inflação mais favorável no curto prazo;
– Probabilidade de que o ajuste fiscal poderá ser aprovado;
– Redução do preço dos combustíveis pela Petrobrás, de certa forma, favoreceu o ambiente econômico de médio prazo e acredito que serviu de “estopim” para essa redução de juros que foi anunciada hoje.
Para o final de 2017 projeções de analistas apontam para uma taxa de juros de 11%.
Com relação aos reflexo do corte de juros na bolsa de valores, ganham destaque positivo as empresas que possuem dívidas atreladas ao CDI, principalmente as muito alavancadas.
Empresas muito endividadas reduzem substancialmente os seus gastos no pagamento de dívidas. Por outro lado, empresas que possuem muito caixa remuneradas pelo CDI podem ter seus lucros impactados de forma negativa.
Empresas de consumo, imobiliárias (de médio e alto padrão), especialmente as de operações de longo prazo são beneficiadas pela queda dos juros.
Outro dado importante a ser destacado é que ações da BM&FBovespa (BVMF3) são impactadas de forma positiva nesse cenário de corte de juros, já que num ambiente de juros menores mais gente vai acabar migrando para a bolsa de valores em busca de maiores retornos.
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