OIBR depois da oferta ganha mais de 80% de participação estrangeira

A oferta de venda de ações da Oi movimentou R$ 6,25 bilhões no mercado.
R$ 2 bilhões vieram do fundo FIA, gerido pelo BTG Pactual, coordenador líder da oferta, e mais R$ 5,71 bilhões de ativos da PT, num total de R$ 13,95 bilhões.
A maior participação na oferta especula-se que tenha vindo de investidores americanos, com pouco mais de 40%.
Os europeus ficaram com porcentual um pouco abaixo de 40%.
Totalizando os estrangeiros detém entre 80% e 85%, e o restante é composto de capital do Brasil.

A OIBR terá free float (quantidade de ações em livre negociação no mercado) de 47,86 por cento, sem um controlador ainda definido.

A participação do grupo português Portugal Telecom detendo é de 33,63 por cento de seu capital mas pode ser ainda maior se considerada a fatia da Bratel Brasil, empresa controlada pela Portugal Telecom, de 3,06 por cento do total.

O segundo maior acionista da Oi passou a ser o fundo FIA, gerido pelo BTG Pactual e com participação direta de 6,45 por cento na empresa, sem considerar o lote de ações suplementar que ainda não foi exercido.

O fundo é formando pelo BTG Pactual (55,95 por cento) e pelos grupos Andrade Gutierrez e Jereisatti (11,46 por cento cada), além do fundo de pensão dos funcionários da Oi (21,11 por cento).

Segundo o documento, o terceiro maior acionista da operadora passou a ser o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ampliou sua fatia direta na Oi de 1,28 para 4,72 por cento.

 

  • Outros dados –
    Segundo ANATEL a OIBR amplia participação no mercado brasileiro em março ante fevereiro passando de 18,47 para 18,49 por cento.

Ductor Marcus

+20 anos no Mercado Financeiro possui MBA em Finanças com Ênfase em Mercado de Capitais, é Advogado Tributarista, Teólogo e Professor. Pode ser encontrado diariamente no Twitter publicando comentários relevantes sobre o Mercado Financeiro e das Criptomoedas. ---- AVISO --- Todo o conteúdo desse site baseia-se exclusivamente na opinião dos escritores não fazendo qualquer tipo de recomendação de investimento. Não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos e lucros cessantes. --- Legislação --- Este site é mantido em conformidade com a Constituição Federal de 1988 no seu Art. 5°, IX : "É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;"

11 thoughts to “OIBR depois da oferta ganha mais de 80% de participação estrangeira”

    1. Não é para ter pressa na OIBR tem assembleia programa entre setembro e outubro, o maior problema para o investidor é a pressa de ver êxito operacional.
      Operação de longo prazo é assim mesmo.

  1. Foi uma semana má para a OI e PT (não esperava) e se os resultados no dia 14/05 não ajudarem, esperam-se dificuldades acrescidas. O interesse continua fraco, apesar do sucesso do AC. Tem explicação? Quanto mais leio sobre bolsa, mais consciência tenho das minhas limitações…

    1. Desconfiança de alguns… tudo indica que no final de toda operação envolvendo as duas empresas e após o primeiro balanço da nova empresa é que as coisas vão clarear.

  2. A Portugal Telecom (PT) já transferiu os seus ativos para a operadora brasileira Oi, como o previsto no processo de fusão das duas empresas, no âmbito do aumento de capital.

    Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a PT anunciou que procedeu na segunda-feira, “em liquidação de aumento de capital da Oi, à transferência para uma conta de valores mobiliários aberta em nome da Oi da totalidade das ações representativas do capital social da PT Portugal que eram por si detidas”.

    Os ativos da PT tinha sido avaliados em 1,75 mil milhões de euros, no âmbito do processo de aumento de capital da Oi, que permitiu um encaixe para a operadora brasileira de 13,96 mil milhões de reais (4,479 mil milhões de euros).

    A oferta brasileira, de acordo com a Oi, incluiu 6.787.633.711 ações, das quais 2.262.544.570 ordinárias e 4.525.089.141 preferenciais (com direito de voto), ao preço de 2,17 reais (0,87 euros) e dois reais (0,64 euros), respetivamente.

    A Oi informou também que foram alocadas 1,1 mil milhões de ações ordinárias e 2,09 mil milhões de ações preferenciais junto aos acionistas da companhia, na oferta prioritária.

    Os investidores estrangeiros ficaram com 2,8 mil milhões de títulos e os fundos de investimento com 234,3 milhões de ações ordinárias e 457,2 milhões preferenciais. Os investidores particulares obtiveram 34 milhões de ações (0,50%).

    Entretanto, a Oi incluiu uma opção de 6,27% do lote suplementar de ações, tendo em conta a procura, exercida parcialmente pelo banco BTG Pactual, enquanto agente estabilizador da operação.

    “Em 05 de maio de 2014, o banco BTG Pactual SA, na qualidade de agentes estabilizador da oferta pública, exerceu (…) parcialmente a opção de distribuição de 120.265.046 ações ordinárias e 240.530.092 ações preferenciais de emissão da Oi [ações suplementares], o que representa um acréscimo de 6,27% no total de ações de emissão da Oi distribuídas na oferta pública”, refere hoje a operadora brasileira em comunicado.

    A fusão da Oi com a PT foi anunciada a 02 de outubro de 2013, com o objetivo de combinar os negócios desenvolvidos pelas companhias no Brasil, em Portugal e na África, “no sentido de consolidar a aliança industrial” entre as companhias.

  3. É sempre positivo para um País receber dinheiro estrangeiro, obviamente, que seria ainda melhor para o Brasil, caso esse dinheiro fosse para indústrias de alto valor acrescentado, mas feitas de raíz. Já agora qual o seu target para a Oi até finais de 2014?

    1. Acredito que o mundo todo espera o primeiro resultado financeiro da empresa a ser criada depois da fusão. Ali teremos a força verdadeira pra cima ou pra baixo.
      Muito difícil falar em valores com tanta coisa a acontecer.

  4. Na minha modesta opinião, este notícia é positiva, pelo menos, a curto/médio prazo. A minha confiança nesta operação está a aumentar…

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